segunda-feira, 22 de setembro de 2008

A noite em que Rodilândia virou Hollywood















Uma das principais personagens do documentário
sobre a Rodilândia, Luana conta como foi a noite
em que seu bairro virou filme

Por Luana Mendes da Silva

Contribuir com realizações de sonhos de pessoas do meu bairro é construir minha história. Com a gincana "Minha rua tem história", o Pro Jovem está nos dando a oportunidade de participar da história de nosso município. Para escrever história de uma árvore, primeira tarefa da gincana, entrevistei Manuela, uma velha amiga da família. Ela relatou o sonho de seu falecido marido. Desde então, pude perceber a importância da lenda. Com a vinda da equipe de reportagem até a casa dela, a curiosidade tomou conta dos moradores. Eles estavam ansiosos para ver o filme. Eu também.


A oportunidade bateu também na porta de Pedro Marcelino Dias, um dos moradores mais antigos do bairro. Como ele contou para a câmera do cineasta Marcus Vinicius Faustini, sua família é composta de oito filhos (Deuzelina, Neuzilene, Adeir, Maria Dinei, Helena, Dilsa, Eliete e Lucilene), dezesseis netos (Roney, Gisele, Jean Carlos, Cristiano, Raquel, Raísa, Jose Pedro Mariana, Hariel, Tatiana, Jéssica, Juliana, Thainá, João Pedro, Gustavo e Caroline) e um bisneto (Caíque) que o amam muito e sentem bastante orgulho da coragem de Seu Pedro, que, com muito esforço, construiu sua casa no bairro. Eles estavam impacientes para assistir à história da vida de seus pais.

A realização dos sonhos foi marcada, dia vinte de setembro, e aguardada por todos, inclusive eu, que convidei parentes e amigos para compartilharem esse momento inesquecível. A semana passou como um passe de mágica. Quando me dei conta, acordei no dia esperado. De manhã, fiz minhas obrigações domésticas e à tarde fui para a biblioteca comunitária, na qual sou uma das coordenadoras. Às dezessete horas, encontrei-me com Flávia Sá, a jovem repórter que nos entrevistou, eu e minha mãe. Cheguei ao evento às dezenove horas e lá estavam os moradores do bairro, dentre os quais sete parentes do Seu Pedro e dois de Dona Luzia, que estavam ansiosos pelo seu início.

Eles curtiram muito o seriado realizado pelas crianças da Escola Livre de Cinema e elogiaram as reportagens feitas no bairro.

DEPOIMENTOS

Sétima filha de Seu Pedro e Dona Luzia, Eliete Marcelino de Dias Andrade é uma pedagoga de 30 anos, que mora em Niterói e é professora da rede municipal da cidade em que mora.

“Estou muito feliz com esse projeto. Confesso que se trata da realização de um sonho meu. Sempre me interessei por história, memória, cidadania e lendas. Quando entrei na UFF, levei por escrito a história da árvore grávida como parte de um trabalho sobre folclore e cultura popular. Pena que eu não tinha os recursos que hoje vocês possuem. Tudo para nossa família sempre foi conquistado com muito sacrifício, enfim esse dia de hoje nunca mais será esquecido. É a realização de meus sonhos de valorização da historia de vida de meus pais e do lugar onde vivem. Parabéns pelo projeto! Parabéns pela escolha da historia! Obrigada, muito obrigada.”

Dona Manuela Luiza dos Passos da Silva, a principal responsável pela sobrevivência da árvore grávida, também estava por contribuir para o projeto "Minha rua tem história". "Sempre acreditei que a árvore renderia uma historia de televisão e mais ainda com a repercussão da historia no bairro.”

O jovem William Santos, 24 anos, morador do bairro e bacharel em administração de empresas, não tinha o mesmo vínculo pessoal com o documentário. Mas ele ficou igualmente tocado pela iniciativa da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo. “Esse projeto é muito interessante, pois é a valorização da cidade através de seus bairros, tornando as lendas e transformações dos bairros em historia da cidade. A apresentação realizada pelo projeto demonstra o cuidado e a importância da valorização dos alunos ao pesquisar e descrever a sua origem direta e indiretamente.”

3 comentários:

Anônimo disse...

Olá Luana,Seu texto ficou muito bom.
Só que você trocou o nome de minha mãe: ela se chama LUZIA e não Manuela.
Um abraço e Parabéns!
Eliete Marcelino

Jorge disse...

Maior orgulho!
Parabéns pelo texto Luana e Parabéns a esses personagens de Rodilândia por ousarem ter contado suas histórias...
Me sinto um privilegiado de ter feito parte disso tudo.
Abraços
Jorge - Oficineiro.

eliete disse...

PESSOAL, SOU ELIETE, FILHA DE SEU PEDRO DO RODILÃNDIA. GOSTARIA DE SABER QUANDO RECEBEREMOS A FILMAGEM FEITA PARA O PROJETO "MINHA RUA TEM HISTÓRIA"... COMO FOI COMENTADO, MEUS PAIS FARÃO BODAS DE OURO EM OUTUBRO E CONTO COM A COLABORAÇÃO DE VOCÊS. UM GRANDE ABRAÇO, OBRIGADA.