Por Lucas Lima
(Editado por Moduan Matus)
Para a construção da nossa casa, meu pai contratou oito pedreiros, conta Marcelly França.
Os pedreiros precisavam almoçar, que era preparado pela sua mãe. Até aí estava tudo normal. O único problema era o pedreiro Tião. Um cara barrigudo e muito faminto.
Ele “batia” um prato enorme e ainda pegava a sobra dos outros. A mãe de Marcelly colocava todas as sobras em uma bacia. Só faltava ele comer a comida do cachorro!
Depois de esvaziar as panelas, o esfomeado tirava um cochilo demorado, num canto e roncava. Ficava lá com a barriga esparramada feito um porco.
Quando Tião, atrasado, voltava para a obra, ainda enrolava e não fazia o serviço direito.
Certo dia o pedreiro comilão teve um racionamento em sua comida e no outro dia não apareceu mais.
A partir desse momento a obra, que estava lenta, começou a deslanchar.
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