Jovens do "Minha rua tem história" invadiram a Vila Olímpica
Gritos de guerra, roupas extravagantes e cartazes. Valeu tudo para conquistar a primeira fase do projeto "Minha rua tem história", que terminou com um grande festa cívica na tarde do ultimo sábado. Mais de mil jovens superlotaram as arquibancadas da Vila Olímpica dispostos a levar para casa um vale com 10 horas de lan house e principalmente um MP4.
Comandado por um inspirado Marcos Vinicius Faustini, secretário de Cultura e Turismo e mentor dessa que é a primeira gincana nacional brasileira, o evento distribuiu 68 vales e 17 MP4s. Ganharam os vales os autores da melhores histórias sobre árvores de cada uma das quatro turmas dos 17 bairros que estão participando do "Minha rua tem história". Ficaram com os MP4s os vencedores de um quizz entre os autores da melhor história de cada bairro.
As mulheres, a maioria esmagadora do projeto, deram um chame todo especial ao evento. A camisa do "Minha rua tem história", com o endereço do nosso blog estampado no peito, entrou na tesoura até virarem sensuais abadás. O bairro mais numeroso e animado era sem dúvida o de Cabuçu, mas também se destacaram o grito de guerra trazido pela turma do Jardim Tropical e o funk cantado por um dos grupos da Palhada.
Os gritos de guerra foram um capítulo à parte. As turmas de Vila de Cava anunciaram, com o auxilio luxuoso de apitos e pandeiros, que tinham ido para vencer. "Arerê, a Vila veio aqui pra vencer", dizia um dos gritos. "Eu já falei, vou repetir, Vila de Cava é quem manda aqui." As turmas da Prata não deixavam por menos: "A união chegou, chegou para abalar, com o Bairro da Prata, a chapa vai esquentar." Jardim Guandu não se intimidou: "Alguém cansado ai?, aqui não tem cansado, tampouco com raiva, aqui é o Guandu, da melhor categoria."
O clima da festa da gincana foi tão contagiante, que os jovens praticamente esqueceram a frustração de não apresentar o trabalho da última oficina, durante a qual ensaiaram jograis misturando várias histórias ou mesmo a encenação de uma delas. Esse foi o caso de Jardim Tropical, que adaptou uma música do cancioneiro popular de modo a incluir diversas histórias levadas pelos jovens do bairro para o projeto. "Era uma jaqueira muito engraçada, tinha jaca e alma penada. Ninguém podia chegar lá não, porque lá tinha assombração. Ninguém podia chegar ali porque lá perto tinha saci. Um belo dia no galinheiro o galo cantava o dia inteiro.E o lobisomem estava com fome. E isso tudo é bem legal. Aconteceu em Jardim Tropical"
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