segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Se vira nos 60

Jovens da Prata ficaram intimidados com a multidão. Mas não deixaram de participar da festa
Por Leandro Furtado
Agora é pra valer, baby.
Eu estava ali e vi com estes olhos que a terra há de comer.
Eu vi, mas demorei a acreditar.
Vi jovens. Muitos jovens. Mais de mil, talvez dois mil.
Eu era o 1001. Ou o 2001.
As turmas eram chamadas para apresentar seu grito de guerra e um show que poderia ser apresentado no Domingão do Faustão. A diferença é que, no festival do minuto, a rapaziada tinha que se virar nos 60, não nos 30.
As turmas iam se apresentando. Para chamar a atenção da galera, valia tudo. Valia confete, apitos e pandeiros.
Chegou a hora da turma da Prata, e eu vibrei como se fosse meu time entrando em campo.
Quando o dj tocou o som, a multidão nao se conteve. Em toda a extensão da quadra, gente dançava, gritava e agitava. Eu era uma dessas pessoas.
Houve ali uma manifestação de pura alegria.
Geral e individual. Minha também.
E eis que surge uma faixa do bairro da Prata.
Ela dizia assim: "A UNIAO DA PRATA, ARERÊ, A PRATA VEIO AQUI PARA VENCER."
No festival do minuto, cada bairro tinha que ir no centro da quadra fazer uma apresentação.
Foram apresentações empolgadas, empolgantes.
Cada uma mais empolgada e empolgante do que a outra.
A Prata entrou com muito entusiasmo.
Estavam confiantes.
A música foi boa. A vontade de fazer bonito era enorme, mas a danca foi regular.
Aline Cristine tinha explicações para o desempenho do bairro da Prata, inferior às expectativas que ela e todos nós depositávamos. "O grupo deixou a desejar porque a dança envolveria até quatro", disse-me ela. "Eles chegaram a ensaiar, só que na hora h só um teve a coragem de encarar a multidão."
Depois da apresentação, o grupo voltou meio cabisbaixo para o meio da multidão. Foi uma pena.
Mas todos nós estamos de parabéns.
Esperamos mais eventos que envolvam a juventude desta cidade.

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