sexta-feira, 19 de setembro de 2008

O atravessado

Por Lucas Lima
(Editado por Moduan Matus)


Michelle Siqueira conta que seus pais, antes de se separarem, resolveram ampliar a casa, construindo outros quartos. Seu pai, Luiz Carlos, acabou deixando os alicerces prontos, com vários vergalhões para cima.

Em um almoço em família, num domingo, enquanto os parentes conversavam, seu irmão, Kleber, na época com 4 anos, brincava com um dos seus primos de “pular vergalhões”.

Foi num desses pulos que ele caiu em cima de um dos vergalhões que atravessou seu... short, digamos assim. Nesse momento, todos os presentes escutaram os gritos do primo que o acompanhava na brincadeira e seguiram para lá para ver o que acontecera.

Decidiram serrar o vergalhão, com todo o cuidado, para levar o menino ao hospital. A mãe da Michelle se indagava em sofrimento:

– Como meu filho vai fazer xixi?

– Como será a vida dele com as meninas no futuro?

Os médicos encaminharam-no para o centro cirúrgico e foi quando um deles descobriu que o vergalhão na verdade não havia atravessado nenhum dos testículos, nem o pênis da criança. Estava apenas enrolado neles.

Kleber tomou um injeção antitetânica, pois ferro é ferro, enferrujado ou não e foi liberado para voltar para casa e continuar a brincar. Não nos vergalhões!

Todos os parentes que estavam presente na hora do acidente acharam que foi um milagre ele ter saído ileso.

Luiz Carlos até hoje não terminou a obra e os vergalhões. Ah, esses foram cerrados na mesma hora!

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