Por Moduan Matus
Nos bairros de Nova Iguaçu contemplados com as obras do PAC, formaram-se Grupos do Pro Jovem com quatro turmas. As oficinas de que participaram foram acompanhadas pelos jovens repórteres da Escola Agência de Comunicação, um projeto coordenado pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo. Essa união resultou na gincana social "Minha rua tem história".
Foram semanas e semanas de várias atividades sobre a história e sobre histórias de cada bairro envolvido.
Dezessete bairros participaram, culminando (a 1ª parte) em apresentações (de uma turma por bairro) de um projeto voltado para a comunidade. Em apenas um dia, a turma escolhida, com o uso de 50 MP4s (um para cada participante) teria que proporcionar uma evolução no sonho e na realidade do bairro (e sub-bairros), estimulando a auto-estima de cada morador.
OS BAIRROS FORAM (não necessariamente nessa ordem):
- Rancho Novo, onde a turma A apresentou projeto “Antipreconceito”. Seu principal objetivo era combater o preconceito contra os jovens do Criam, em processo de ressocialização.
- Jardim Guandu, onde a turma A apresentou o projeto “Unidos para Mudar”. Seu principal objetivo é criar um fanzine para conscientizar sobre as necessidades e obrigações no cuidar comunitário principalmente no tocante às questões ambientais.
- Rodilândia, onde a turma D apresentou o projeto “O cotidiano das profissionais do sexo em radionovela”. Para evitar o pré-conceito com minorias no bairro.
- Jardim Pernambuco, onde a turma D apresentou o projeto “Acervo de memórias”. Para incentivo à leitura, através de um banco de dados da própria comunidade.
- Bairro da Prata, onde a turma C apresentou o projeto “Cada ato, uma conseqüência”. Para conscientizar sobre a importância em manter o rio que corta o bairro sempre desobstruído.
- Jardim Nova Era, onde a turma D apresentou o “Projeto Show”, com artistas da localidade e as músicas preferidas dos moradores.
- Vila de Cava, onde a turma C apresentou o projeto “Trupe da alegria”. Com a realização de um evento no orfanato que fica no bairro e fazer com que sua gravação se transporte até as pessoas que freqüentam o show de uma casa noturna, do bairro, às sextas-feiras.
- Prados Verdes, onde a turma D apresentou o projeto “As culturas afro de Prados Verdes”, um apanhado cultural, religioso e culinário de afro-brasilidades na comunidade.
- Jardim Palmares, onde a turma A apresentou o projeto “A memória do bairro através do meio ambiente”, cujo objetivo é acompanhar as transformações, alertando causas, conseqüências e preservações.
- Bairro da Luz, onde a turma C apresentou o projeto “Posto de saúde para o bairro”.
- Cobrex, onde a turma D apresentou o projeto “Reciclasom”. Para o recolhimento de materiais recicláveis, suas histórias, transformando-os em instrumentos musicais, gravando cada som e divulgando-os para a comunidade.
- Cacuia, onde a turma D apresentou o projeto “Lendas e crenças”. Para formar um banco de dados sobre as histórias mais populares do bairro.
- Luiz de Lemos, onde a turma B apresentou o projeto “Casarão dos laranjais”. Para contar a história do bairro desde os tempos das plantações de laranjas.
- Cabuçu, onde a turma A apresentou o projeto “Cabuçu em viva voz”. Para colher histórias diversas do bairro e levar ao conhecimento de todos.
- Palhada, onde a turma B apresentou o projeto “Cotidiano em duas visões”. Para mostrar as diferenças e semelhanças no dia-a-dia de jovens e idosos para toda a comunidade.
- Jardim Alvorada, onde a turma A apresentou o projeto “As memórias do carnaval de Jardim Alvorada”. Para reintegração do bairro entre adultos, jovens e crianças absorvendo o aspecto sócio-cultural.
- Jardim Tropical, onde a turma A apresentou o projeto “Valorizando o nome do bairro”. Para o reconhecimento, através das histórias do bairro, das fotos antigas e de um show de música e capoeira.
O violino de Einstein
O (nosso) tempo no espaço e o espaço (de cada um) no tempo nos fazem buscar coisas que evidenciem uma relação de equilíbrio e objetividade na constante busca de valores para a vida.
Albert Einstein afirmava cientificamente, no início do século XX, que somente a evolução moral impediria uma catástrofe no planeta. Desta forma, o Prêmio Nobel de Física do ano de 1921 viveu seu tempo no espaço, elaborando sínteses para a evolução do mundo físico. No entanto, em tempo algum deixou de lado o seu violino. Estivesse onde estivesse, o violino, seu sonho, sempre tinha um espaço reservado em sua bagagem e em suas horas.
Assim, a mistura de sonho e realidade faz brotar a vontade de cada um dar o melhor de si para formar grupos fortes, capazes de alavancar (como uma grua) valores, antes inacreditáveis para a construção de uma cidade que caminha sempre mais evoluída, moral e fisicamente, e sempre, no tempo e espaço, centrando seus objetivos na valorização da vida de seus moradores.
Enfim! Chegamos ao domingo de tempo chuvoso e frio do dia 28 de setembro de 2008, onde grupos do “Pro Jovem” se apresentaram no ginásio da Vila Olímpica de Nova Iguaçu-RJ. Os grupos passavam de 50 jovens. Entre a euforia de estarem juntos, seus rostos se sobressaíam pela fé de que o projeto do grupo ao qual pertenciam, sairia dali do ginásio como vencedor. E, dali, eles, os jovens, disseminariam pelo bairro todo, o broto da novidade cultural.
Jardim Pernambuco
A chuva e o frio, esquecidos fora do ginásio, contrastavam com o calor humano e a sede insaciável das torcidas, dentro, pela realização plena de seus propósitos.
Quadra cheia. Arquibancadas, idem. Cada grupo usando o seu adereço-senha, adrenalizando, a plenos pulmões. A cada “grito de guerra”, a cada “festival de um minuto” que os apresentavam.
Eram: raps, danças de rua, histórias, sopro em flauta transversa, música gospel, tambores, reggaes, funks, axés, grito de carnaval, cantiga de roda e samba. Que explodiam, contagiando, a partir do meio da quadra. Redobrando a organização da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Nova Iguaçu, com Marcus Vinicius Faustini e sua equipe, para a apreciação de todos que, depois do último grupo a se apresentar, agradeceu aos presentes, aos grupos, inclusive aos oficineiros e assistentes de Sandra Mônica e aos jovens repórteres, liderados por Julio Ludemir. Passando, a seguir, o microfone para a Coordenadora Geral do Bairro Escola, Maria Antônia, para que anunciasse o bairro do grupo vencedor. Ela que antes também agradeceu ao esforço de cada um dos participantes para formar a melhor equipe e fazer o melhor projeto. Lembrando a importância de cada projeto para as pessoas, para os bairros, para a cidade de Nova Iguaçu e para a contribuição exemplar que acabaram de dar para todos os municípios do Brasil. Lembrando ainda a dificuldade de se chegar a conclusão final em relação a escolha do grupo vencedor, pela riqueza que todos os projetos traziam em seu escopo. Quase que fazendo o grupo julgador a adentrar o outro dia, em premissas .
O nome do ganhador saiu: - Jardim Pernambuco!
Dando início a uma nova explosão de alegria na quadra da Vila Olímpica e dando fim a primeira etapa do projeto, deixando nas bocas dos presentes aquele gosto delicioso de: “Quero mais!”, pois ainda existe espaço, tempo, corpo, sonho e relatividade.
Nos bairros de Nova Iguaçu contemplados com as obras do PAC, formaram-se Grupos do Pro Jovem com quatro turmas. As oficinas de que participaram foram acompanhadas pelos jovens repórteres da Escola Agência de Comunicação, um projeto coordenado pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo. Essa união resultou na gincana social "Minha rua tem história".
Foram semanas e semanas de várias atividades sobre a história e sobre histórias de cada bairro envolvido.
Dezessete bairros participaram, culminando (a 1ª parte) em apresentações (de uma turma por bairro) de um projeto voltado para a comunidade. Em apenas um dia, a turma escolhida, com o uso de 50 MP4s (um para cada participante) teria que proporcionar uma evolução no sonho e na realidade do bairro (e sub-bairros), estimulando a auto-estima de cada morador.
OS BAIRROS FORAM (não necessariamente nessa ordem):
- Rancho Novo, onde a turma A apresentou projeto “Antipreconceito”. Seu principal objetivo era combater o preconceito contra os jovens do Criam, em processo de ressocialização.
- Jardim Guandu, onde a turma A apresentou o projeto “Unidos para Mudar”. Seu principal objetivo é criar um fanzine para conscientizar sobre as necessidades e obrigações no cuidar comunitário principalmente no tocante às questões ambientais.
- Rodilândia, onde a turma D apresentou o projeto “O cotidiano das profissionais do sexo em radionovela”. Para evitar o pré-conceito com minorias no bairro.
- Jardim Pernambuco, onde a turma D apresentou o projeto “Acervo de memórias”. Para incentivo à leitura, através de um banco de dados da própria comunidade.
- Bairro da Prata, onde a turma C apresentou o projeto “Cada ato, uma conseqüência”. Para conscientizar sobre a importância em manter o rio que corta o bairro sempre desobstruído.
- Jardim Nova Era, onde a turma D apresentou o “Projeto Show”, com artistas da localidade e as músicas preferidas dos moradores.
- Vila de Cava, onde a turma C apresentou o projeto “Trupe da alegria”. Com a realização de um evento no orfanato que fica no bairro e fazer com que sua gravação se transporte até as pessoas que freqüentam o show de uma casa noturna, do bairro, às sextas-feiras.
- Prados Verdes, onde a turma D apresentou o projeto “As culturas afro de Prados Verdes”, um apanhado cultural, religioso e culinário de afro-brasilidades na comunidade.
- Jardim Palmares, onde a turma A apresentou o projeto “A memória do bairro através do meio ambiente”, cujo objetivo é acompanhar as transformações, alertando causas, conseqüências e preservações.
- Bairro da Luz, onde a turma C apresentou o projeto “Posto de saúde para o bairro”.
- Cobrex, onde a turma D apresentou o projeto “Reciclasom”. Para o recolhimento de materiais recicláveis, suas histórias, transformando-os em instrumentos musicais, gravando cada som e divulgando-os para a comunidade.
- Cacuia, onde a turma D apresentou o projeto “Lendas e crenças”. Para formar um banco de dados sobre as histórias mais populares do bairro.
- Luiz de Lemos, onde a turma B apresentou o projeto “Casarão dos laranjais”. Para contar a história do bairro desde os tempos das plantações de laranjas.
- Cabuçu, onde a turma A apresentou o projeto “Cabuçu em viva voz”. Para colher histórias diversas do bairro e levar ao conhecimento de todos.
- Palhada, onde a turma B apresentou o projeto “Cotidiano em duas visões”. Para mostrar as diferenças e semelhanças no dia-a-dia de jovens e idosos para toda a comunidade.
- Jardim Alvorada, onde a turma A apresentou o projeto “As memórias do carnaval de Jardim Alvorada”. Para reintegração do bairro entre adultos, jovens e crianças absorvendo o aspecto sócio-cultural.
- Jardim Tropical, onde a turma A apresentou o projeto “Valorizando o nome do bairro”. Para o reconhecimento, através das histórias do bairro, das fotos antigas e de um show de música e capoeira.
O violino de Einstein
O (nosso) tempo no espaço e o espaço (de cada um) no tempo nos fazem buscar coisas que evidenciem uma relação de equilíbrio e objetividade na constante busca de valores para a vida.
Albert Einstein afirmava cientificamente, no início do século XX, que somente a evolução moral impediria uma catástrofe no planeta. Desta forma, o Prêmio Nobel de Física do ano de 1921 viveu seu tempo no espaço, elaborando sínteses para a evolução do mundo físico. No entanto, em tempo algum deixou de lado o seu violino. Estivesse onde estivesse, o violino, seu sonho, sempre tinha um espaço reservado em sua bagagem e em suas horas.
Assim, a mistura de sonho e realidade faz brotar a vontade de cada um dar o melhor de si para formar grupos fortes, capazes de alavancar (como uma grua) valores, antes inacreditáveis para a construção de uma cidade que caminha sempre mais evoluída, moral e fisicamente, e sempre, no tempo e espaço, centrando seus objetivos na valorização da vida de seus moradores.
Enfim! Chegamos ao domingo de tempo chuvoso e frio do dia 28 de setembro de 2008, onde grupos do “Pro Jovem” se apresentaram no ginásio da Vila Olímpica de Nova Iguaçu-RJ. Os grupos passavam de 50 jovens. Entre a euforia de estarem juntos, seus rostos se sobressaíam pela fé de que o projeto do grupo ao qual pertenciam, sairia dali do ginásio como vencedor. E, dali, eles, os jovens, disseminariam pelo bairro todo, o broto da novidade cultural.
Jardim Pernambuco
A chuva e o frio, esquecidos fora do ginásio, contrastavam com o calor humano e a sede insaciável das torcidas, dentro, pela realização plena de seus propósitos.
Quadra cheia. Arquibancadas, idem. Cada grupo usando o seu adereço-senha, adrenalizando, a plenos pulmões. A cada “grito de guerra”, a cada “festival de um minuto” que os apresentavam.
Eram: raps, danças de rua, histórias, sopro em flauta transversa, música gospel, tambores, reggaes, funks, axés, grito de carnaval, cantiga de roda e samba. Que explodiam, contagiando, a partir do meio da quadra. Redobrando a organização da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Nova Iguaçu, com Marcus Vinicius Faustini e sua equipe, para a apreciação de todos que, depois do último grupo a se apresentar, agradeceu aos presentes, aos grupos, inclusive aos oficineiros e assistentes de Sandra Mônica e aos jovens repórteres, liderados por Julio Ludemir. Passando, a seguir, o microfone para a Coordenadora Geral do Bairro Escola, Maria Antônia, para que anunciasse o bairro do grupo vencedor. Ela que antes também agradeceu ao esforço de cada um dos participantes para formar a melhor equipe e fazer o melhor projeto. Lembrando a importância de cada projeto para as pessoas, para os bairros, para a cidade de Nova Iguaçu e para a contribuição exemplar que acabaram de dar para todos os municípios do Brasil. Lembrando ainda a dificuldade de se chegar a conclusão final em relação a escolha do grupo vencedor, pela riqueza que todos os projetos traziam em seu escopo. Quase que fazendo o grupo julgador a adentrar o outro dia, em premissas .
O nome do ganhador saiu: - Jardim Pernambuco!
Dando início a uma nova explosão de alegria na quadra da Vila Olímpica e dando fim a primeira etapa do projeto, deixando nas bocas dos presentes aquele gosto delicioso de: “Quero mais!”, pois ainda existe espaço, tempo, corpo, sonho e relatividade.
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