Por Anderson Chagas
Familiares dos jovens participantes da gincana também ajudaram a incendiar as arquibancadas da Vila Olímpica
A torcida fez bonito na final da primeira gincana social da cidade de Nova Iguaçu. A premiação do projeto "Minha rua tem história" conseguiu lotar a quadra da Vila Olímpica neste domingo, 28 de setembro, mesmo debaixo de chuva e frio. Mais de mil e quinhentos jovens foram defender o bairro onde moram e apresentar projetos sociais que pudessem ser desenvolvidos em 24h com a ajuda de um aparelho MP4. Todos os projetos foram bem elaborados e continham propostas de melhoria local, mas apenas o projeto apresentado pelos jovens do bairro Jardim Pernambuco cumpriu o critério de tempo: 24 horas para a execução do projeto.
Enquanto o coro comia na quadra da Vila Olímpica, a torcida incendiava a arquibancada com gritos de guerra e muita empolgação. Alex Luiz, 23 anos, veio acompanhar a esposa e ficou num cantinho tomando conta de Adriele, sua filhinha de apenas 3 anos. O maridão de Ivaneia Santana diz que incentivou a esposa desde o início do projeto. Segundo ele, a esposa está diante de uma grande oportunidade. "Adoraria participar do projeto, se houvesse uma nova edição", candidata-se.
Do outro lado da arquibancada, Anderson Sena, 29 anos, também mostrava habilidade em cuidar de bebês. Acompanhado das filhas Maria Clara, 3 anos, e Lohana Vitória, de 9, o morador do bairro Rancho Novo fez uma torcida totalmente caseira para a esposa. Ao assistir toda aquela festa, Anderson lembrou-se do 1° dia do projeto, quando foi levar a esposa e saber do que se tratava. "No primeiro dia, fui levá-la para conhecer o lugar que minha esposa iria freqüentar durante esse tempo", disse o marido, cabreiro sobre o que ia encontrar. "Depois que cheguei lá, liberei de cara, e disse: 'Meu amor, aqui você só tem a ganhar'", incentivou.
Anderson elogiou bastante o trabalho do oficineiro Tiago Costa e disse que sua esposa melhorou muito a forma de se relacionar com as outras pessoas. "Ela era muito tímida. Até a nossa relação melhorou. Ela está bem mais madura e criativa", elogiou, segurando a filha menor no colo, mas sem perder a outra de vista. O paizão ainda lamentou a falta da terceira filha do casal. "Hoje, a nossa Verônica ficou em casa", lamentou.
Dois degraus acima de Anderson, era possível avistar a jovem Vanessa Nunes, 18 anos, amamentar seu neném. Em meio ao barulho ensurdecedor da torcida, a princesinha Yasmim Rosas, de apenas 4 meses, mamava tranquilamente no colo da mamãe. Vanessa mora no bairro Jardim Tropical e aproveitou o momento de concentração da torcida para dar de mamar à pequena Yasmim. "Como a turma do Jardim Tropical é a mais animada, tive que esperar esse tempinho para amamentar minha filha", explicou, fugindo do 'baticum' vindo da turma do Jardim Tropical.
Acostumado a ficar com o filho enquanto sua esposa, Fernanda dos Santos, participava das oficinas do projeto "Minha rua tem história", Leonan dos Santos, 23 anos, era só alegria na torcida pelo bairro Jardim Palmares. Leonan só apoiou a esposa depois que ela explicou direitinho o objetivo do projeto.
"Ela disse que o projeto iria registrar as histórias da rua e do bairro. Ela mesma não sabia que Nova Iguaçu havia tido outro nome", revelou Leonan, segurando seu filho, Junior, de 8 meses. Para reforçar sua torcida, o jovem de Jardim Palmares contou com companhia do amigo Nilton Santana, 26 anos, morador de Santa Eugênia. Nervoso, Leonan deixou escapar a causa de tanta aflição. "Tô vendo que Rodilândia tem uma turma bem forte. Temos que tomar cuidado com eles", avisou.
O mesmo clima de tensão e insegurança estava estampado no rosto da jovem Luciana Mesquita, moradora do bairro Jardim Pernambuco. Para Luciana, a turma do seu bairro não estava tão animada quanto as outras. "Se o nosso grupo entrar desse jeito, dificilmente irá ganhar alguma premiação", previa a jovem. Luciana só não previu que o projeto levado pela turma do Jardim Pernambuco seria o grande vencedor da noite. Parabéns, Jardim Pernambuco!
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