terça-feira, 23 de setembro de 2008

As celebridades da Cacuia

Por Tatiana Sant'Anna
Fotos: Viviane Menezes / Adair Aguiar
Nervosismo e ansiedade. Assim foi o dia de Josele e Sueli Silva, as principais personagens do filme da gincana social "Minha rua tem história", exibido na noite de domingo na Cacuia. Animadas e não sabendo se as pessoas iriam gostar da história contada por elas, as meninas mal cabiam em si. Mostravam-se o tempo todo nervosas e ansiosas pela hora de ver o filme sobre a velha aroeira em torno da qual cresce o muro da casa das duas, na remota Rua dos Mangueirais.

E não foi somente das meninas que o nervosismo tomou conta. Dona Gleide e sua mãe, dona Maria Estela, estavam felizes e mal olhavam para o lado de tanto nervosismo. Animadas, as duas senhoras ficaram satisfeitas com a exibição do vídeo.
Um dia de princesa
Estou me sentido uma celebridade!”, disse Josele em meio ao nervosismo. Feliz da vida, a jovem pensou no início do projeto que tudo era mentira: “Até então eu não pensava que isso ia acontecer comigo. Quando chegou a equipe de filmagem lá em casa, fiquei muito nervosa. Começamos a correr e a nos arrumar. Foi uma correria tremenda, nem acreditei. Foi bastante gente lá em casa. A produção foi muito legal com a gente. Explicaram tudo sobre o projeto. Nem acreditei que tinha virado celebridade. Foi muito bom”, diz a menina em meio à euforia da sua exibição na tela.
Para o dia tão especial, Josele levou sua mãe Sueli, seus sobrinhos, vizinhos, colegas de escola e, claro, Sueli, sua irmã e companheira de filmagem: “Trouxe todo mundo. Alguns não vieram por causa de alguns compromissos marcados e outros por causa da chuva”, completa.
Josele passou o dia nervosa muito nervosa: “Gritei o tempo todo, arrumei as coisas, mas foi muito bom.” A importândia daquela exibição podia ser percebida pela maquiagem e pela blusa que usava: “Dei uma ajeitada no visual. Até usei maquiagem e personalizei a minha blusa. Estou toda chique!”, revela a menina, que também ajudou a sua irmã Sueli a se arrumar.
O nervosismo só fez crescer à medida que se aproximava a hora da exibição. “Nossa, a gente andou muito. Apesar da lama na rua, chegamos aqui e estou muito feliz”, assume.
Não foi diferente com a irmã Sueli: “Gritei pra caramba! Me estressei com a minha família, porque quando deu a hora comecei a gritar: - Vão Embora, vamos nos arrumar...”, diz a jovem, sem se preocupar em esconder o nervosismo estampado em seu rosto: “Andamos muito, mas foi bom, né? Valeu a pena as pessoas me fotografando e me filmando. Estou feliz.”
Ela contou que fica feliz pela filmagem, porém quer ganhar a máquina fotográfica. “Não esperava. No meio de tantas histórias, resolveram escolher logo a minha. Mas entre a história da árvore e a do Bode, fico com a do bode”, declara a autora, que, junto com sua irmã Josele, contou uma das histórias mais interessantes do projeto.
Sueli estava na expectativa de que todos gostassem de seu filme. E para o dia tão especial, ela revelou seu ritual de beleza: “Para hoje, enchi o meu cabelo de creme e passei maquiagem para ficar bonita.”

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