terça-feira, 16 de setembro de 2008

Reta final













Na reta final do "Minha rua tem história", o objetivo é criar
um banco de projetos de memória coletiva para a cidade


Começa hoje a última fase do projeto “Minha rua tem história”, a primeira gincana social brasileira. Enquanto os oficineiros estiverem sendo treinados no Espaço Cultural Sylvio Monteiro por Marcus Vinícius Faustini, os assistentes de cada turma estarão passando tarefas para os participantes do Pro Jovem.

Será considerada a vencedora coletiva da gincana a turma que formular o melhor projeto de memória usando um MP4 para o seu bairro, a ser apresentado no encontro final da Vila Olímpica daqui a dois sábados. O ganhador individual será escolhido com base em um texto de sete linhas na qual a única imposição é que tenha as palavras “MP4” e “Nova Iguaçu”. O desempenho nas fases anteriores será o critério de desempate em ambas as competições, caso haja necessidade.

Dimensão cultural
As tarefas da última semana da gincana foram definidas na formação do último sábado, durante a qual Faustini também fez uma avaliação bastante positiva do projeto. Maria Antônia Goulart, a coordenadora geral do Bairro Escola, também participou deste encontro. “O governo está olhando o Minha rua tem história com muito interesse”, disse a coordenadora do Bairro escola. “Este projeto está propondo soluções muito criativas para tanto para o Pro Jovem quanto para as oficinas artísticas do horário integral, trazendo a dimensão cultural para a ação cultural e o proativismo juvenil.” O projeto está sendo considerado vitorioso por critérios objetivos, como a adesão quase total dos jovens às tarefas propostas nas fases anteriores e o número sempre crescente de participantes da gincana, onde diversos bairros já estão com as 200 vagas preenchidas.














Os assistentes de cada turma se reunirão com os jovens e, na primeira hora da oficina, produzirão uma tempestade de idéias a fim de obter o maior número de projetos. Na segunda hora da oficina, os grupos se concentrarão no que eles se considerarem o melhor projeto de pesquisa a ser defendido no encontro final da Vila Olímpica. Esses projetos terão que utilizar o MP4 como dispositivo de registro e contarão com R$ 1 mil reais para viabilizar a produção. Faustini pretende incorporar essas pesquisas a próxima gestão da Secretaria de Cultura e Turismo, com a provável vitória do governo atual.

Lugar da crise
Os assistentes foram orientados no sentido de evitar projetos “frufrus”, como aqueles que pedem respeito à natureza no dia da árvore. “Procurem o lugar da crise”, sugeriu o secretário. Ele deu como parâmetro entrevistas de todas as pessoas com mais de 70 anos de bairro ou mesmo com os meninos da boca de fumo. A única condição imposta a esses projetos é que eles têm que ser realizados em um dia. “A comissão julgadora não aceitará nenhum dos projetos que eu acabei de sugerir”, frisou.

Os assistentes também foram orientados a interferir o mínimo possível na formulação e defesa desses propósitos. “O que fizemos até agora foi uma armadilha para que os jovens gostem de criar histórias”, enfatizou Faustini. “O projeto foi pensado para estimular os jovens a pensar que a rua tem capacidade de expressão.” O trabalho dos assistentes com as turmas será avaliado nas oficinas da quinta e da sexta-feira, quando cada uma delas defenderá o seu projeto. “Todo mundo já se emocionou com as histórias das árvores e principalmente das obras”, disse Faustini. “Mas não podemos considerar boa a relação entre assistentes e os jovens se ela não criar projeto.” O objetivo do “Minha rua tem história” é criar um banco de projetos para o bairro.

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