terça-feira, 2 de setembro de 2008

Aquecendo os neurônios

Primeira etapa do projeto "Minha Rua Tem História" começa a todo vapor

A primeira semana de oficinas do projeto "Minha Rua Tem História" já está dando o que falar. Este é primeiro projeto com a missão de descobrir, conhecer e registrar a memória afetiva de milhares de moradores que vivem nas ruas contempladas com obras do PAC. Para cumprir essa tarefa árdua, 3.500 jovens que participam do Programa Pro-Jovem já circulam por toda cidade coletando histórias e participando dessa primeira Gincana Social de Nova Iguaçu.

A escalação começa pelo time de oficineiros e assistentes que estarão em 17 escolas municipais da cidade realizando, de terça a sexta-feira, oficinas, dinâmicas e jogos para exercitar o pensamento dos jovens em busca de histórias, mitos e lendas relevantes para quem mora naquela região. Vale tudo: de dança na lama a churrasco de rã.



As dinâmicas aplicadas no início da última semana foram importantes para aproximar os jovens que, mesmo morando próximo um dos outros, ainda não se conheciam bem. Renato Ribeiro, o Jamaica, oficineiro do Bairro-Jardim Tropical, usou uma bola para que cada aluno fixasse bem o nome de cada colega da sala. "Joguem a bola para qualquer pessoa. Quem segurar a bola, deverá dizer seu nome em voz alta", explicou, repetindo a ação diversas vezes.

No bairro Prata, Fernado Marandaz, assistente da oficineira Juliana Roubert, fez de outra forma. "Foi uma apresentação muito diferente. Cada um recebeu uma folha para, nela, desenhar a sua casa. Dentro da casa eles deveriam pôr o próprio nome, endereço, telefone, email, o que gostam e o que não gostam sua rua", revela a jovem-repórter Louise Teixeira, uma das jovens selecionadas para cobrir tudo o que rola nas oficinas e alimentar este blog.

No decorrer da semana, as oficinas foram ficando mais cheias. Simone Ribeiro, assistente de oficineiro no Bairro da Luz, teve bastante calma para explicar diversas vezes como funcionava o projeto para aqueles que foram chegando por último. Por essas e outras, o trabalho dos assistentes foi tão importante nesta primeira etapa. Esses pequenos acertos só ajudaram a manter o clima amigável e excitante das oficinas do projeto "Minha Rua Tem História".

A Missão
Cada oficineiro encontrou uma forma diferente de estimular os jovens, porém uma tafefa comum foi passada para todos os grupos dos 17 bairros envolvidos no projeto. Essa rapaziada terá a missão de trazer uma boa história envolvendo alguma árvore plantada na rua onde moram. Exemplo: uma árvore famosa por abrigar casais apaixonados. Essa seria uma ótima história para este projeto.

Tão logo o oficineiro Tiago Costa passou a missão para os jovens do bairro Rancho Novo, surgiram histórias de árvores bem conhecidas nas redondezas. A jovem-repórter Aline Marques, que acompanhava tudo de pertinho, contou que um jovem chamado Felipe viu um vizinho seu defecar numa goiabeira plantada na rua onde mora. Na época, Felipe tinha 9 anos e espalhou a notícia por todo o bairro. Revelando ser um menino bem levado, Felipe conta que até hoje ninguém mais quer comer as goiabas daquele pé.

Outra história interessante foi contada por uma menina chamada Jéssica, também do bairro Rancho Novo. Ela disse que em sua rua existe um homem conhecido como Piu-Piu, e que ele se mudou, de mala e cuia, para sombra de uma jaqueira. A história arrancou risos e estranheza dos jovens presentes.

Para não estragar a surpresa das histórias que chegarão nesta semana, Tiago Costa finalizou a oficina citando uma árvore famosissíma, plantada em sua rua: a árvore fofoqueira. Segundo o oficineiro, a árvore recebeu este apelido desde que os meninos do bairro passaram a escrever, no tronco, o nome de todas as meninas com quem ficavam. É mole?

Um comentário:

Anônimo disse...

i think you add more info about it.